Monday, August 29, 2016

O tempo entre registos vai aumentando significativamente... de facto aproveitei para avançar... com brisa favorável entre muitas tempestades e dias de calmaria.
As mudanças estão evidentes.
É preciso mudar.
Constrangiam-me as energias destrutivas e sugantes à minha volta.
Não as compreendo.
Aprendi a transformá-las em energias positivas e favoráveis ao meu envolvimento.
Como numa onda... a onda perfeita é a onda que se lê e se aproveita toda a energia para deslizar num equilíbrio dinâmico recíproco e fluído que dá a ilusão de ser fácil surfar... pode ser fácil... e pode dar essa ilusão...
Arrifana Verão 1998
Agradeço aos meus mais fieis e pacientes amigos toda a sabedoria e autenticidade.










É um privilégio ter-vos por companheiros nesta metamorfose...

Sunday, August 11, 2013

desde o último post passei por voltas e reviravoltas na minha vida... 1 dedo partido 2 vezes, 1 cirurgia inesperada, o desespero de um adolescente, enfim... eu sempre considerei que as fases mais difíceis da vida não devem ser em vão, ou seja, que tenhamos a capacidade para aprender o que temos que aprender quando passamos por essas fases. Esta é a minha preocupação, ainda que por vezes seja mesmo difícil  perceber seja o que for, é uma questão de tempo e atitude: temos que saber esperar para ler e interpretar os sinais da vida. Por isso a atitude deve ser sempre de calma e observação, perseverança e sabedoria. A seu tempo, tudo faz sentido.
Posso afirmar tudo o que escrevi na 1ª pessoa.
Sei que sou impaciente, impulsiva, levo tempo a perceber o que me rodeia, fico triste facilmente e desapontada... mas também posso afirmar que já fiquei tudo isso muito mais do que agora fico. E se numa altura achei que estava a ficar com o coração endurecido por tanta dureza na vida, agora acho que corresponde a um crescimento interior da vontade, da percepção, da tomada de decisão... Tenho plena consciência que ainda tenho muito para aprender e melhorar, pois que na natureza humana é muito mais fácil errar...
Como escrevi há pouco tempo, a respeito do trabalho com cavalos,  não é importante o que consigo fazer neste momento, mas a capacidade que terei para aprender muito mais. Ora isto aplica-se a tudo, literalmente, na vida.
Tenho a brisa favorável, retomei energias na pós-cirurgia, recuperei o estado de espírito pleno com a natureza, aproveito para avançar... 

Friday, December 28, 2012

cíclico!!! é tudo cíclico. O tempo passa (ou sentimos que passa) mas repete-se dando a sensação de vivermos em ciclos

lua cheia de 28Dez2012

estamos a terminar mais um ano, e mesmo nestes últimos dias, plena lua cheia! Não posso ignorar o efeito de toda a luminosidade, entre outros, e com tamanha intensidade, é mesmo impressionante.
De acordo com o calendário da civilização Maya, já iniciámos um novo ciclo, entramos no 5º sol, não sei se se pode traduzir assim. Segundo li, entramos numa fase de conciliação nos humanos e na natureza. Isto são boas noticias.
Quanto a mim, pessoalmente, sinto-me numa fase com um relativo equilíbrio, ainda que tenha começado com um dedo partido e o pulso estafado, há um equilíbrio em mim e no que me rodeia.
Os últimos anos foram quase um retiro espiritual, quase porque mantive a minha ligação à civilização através da minha profissão. Quanto a mim própria foi mesmo um estado de retiro espiritual, rodeada essencialmente pela natureza. Fiz imensas amizades: duas águias, 1 loba,1 mocho, pássaros de diversas espécies, desde andorinhas, garças, piscos, e outros que desconheço o nome, montes de coelhinhos, codornizes, entre outros animais que passam ou andam por estas bandas. Senti o vento matinal que me traz a energia para o dia, a chuva que me lava os sentimentos e o cheiro da terra molhada, entre os perfumes incríveis de montes cobertos por diversas flores que cobrem os kms mais próximos na primavera. Ouvi o som dos trovões, vi a luz dos relâmpagos nas trovoadas que deixam uma limpeza de cores vivas e puras no ar que fica a seguir à tempestade. Descansei ao som das folhas a dançar ao sabor do vento e olhei para o céu, onde as nuvens desenham o que a minha imaginação me permitiu ver e inventar, entre as formas recortadas dos troncos de árvores com anos de vida que o tempo se esqueceu de contar. Troquei olhares sinceros com os meus fiéis guardiões que me reconfortaram nos momentos em que me parecia que nada fazia sentido.
A tudo o que me rodeou e encorajou, ensinou e comprovou que este é o caminho onde encontro o mais profundo da minha essência, agradeço todos os momentos.
Mas, naturalmente, não posso deixar de referir o meu descendente, que me traz muitas inquietações e perguntas, o que me faz também um ser melhor, porque não podemos ficar agarrados ao que conhecemos. É importante e fundamental sair do nosso universo para nos abrirmos a outros conhecimentos e experiências... os resultados vêm mais tarde, e há que ter alguma confiança no percurso genético e na nossa vida.
De igual forma, terei que referir a minha mãe que me ouve e pacientemente me ajuda a descobrir as melhores opções ao longo das nossas tão ternas e enriquecedoras conversas, ao meu pai que está numa fase omnipresente e a quem eu peço para me dar forças e sabedoria para percorrer esse trilho que é a vida.
Claro, as minhas irmãs, que reciprocamente vamos ajudando neste trilho.
E as demais pessoas, umas conhecidas, outras desconhecidas, que nos cruzam o trilho, e também estas, direta ou indiretamente, de forma mais ou menos agradável, vão contribuindo para as referências a reconhecer para quando tenho que tomar decisões.
Uma das frases que mais gostei em mim foi uma que dizia não tenho a ambição de querer nada na vida, mas não vou perder pitada do que a vida me proporcionar...  

Friday, July 20, 2012

mais próxima da natureza

finalmente tenho tempo para me organizar, resta saber se o conseguirei, uma vez que sinto que continuo a tropeçar e a avançar pouco... pode ser que seja a minha ambição que me trai e me faz esquecer dos pequenos passos que me fazem avançar devagarinho e fazer pequenas grandes conquistas... estes meus amigos deram uma grande viragem no rumo da minha vida, fico feliz por tudo o que me ensinaram, foram mesmo pequenas conquistas, a muito custo, mas muito recompensadoras. Cada vez estou mais próxima da minha natureza, hoje enquanto tomava o pequeno almoço apreciava o vôo de 2 águias, e depois 3... são impressionantes... espero continuar a ter forças para cumprir esta missão... espero estar de acordo com as premissas iniciais.

Friday, March 9, 2012

primaveras

não posso evitar admitir que há diferenças significativas no dia em que entro na minha 45ª primavera, o que, se por um lado me deixa contente, fruto de toda uma evolução, por outro me deixa um pouco apreensiva, o futuro é sempre uma incógnita.
sempre achei que a idade é um estatuto espelhados pela experiência, sabedoria, sensatez, entre outras virtudes do género. Continuo a achar o mesmo.
já percebi que o «erro» faz naturalmente parte da nossa vida como instrumento de aprendizagem.
dizia-me um professor da faculdade ( um autêntico «old man from the sea») que na sua vida tinha um saco enorme de erros e asneiras da vida, mas tinha também um saco pequenino de coisas muito boas, e era esse o mais importante para si. Concordei de imediato e mantenho.
acho que posso dizer que me sinto bem, se tiver que fazer um autobalanço.
vou fazendo pequenas conquistas, que me dão um grande sentimento de concretização.
há sempre um sem fim de ambições por conquistar.
quando tiver muitas certezas, fico inquieta.
quando sentir tudo calmo, aproveito para inspirar e ganhar balanço.
quando tenho terreno para avançar, invisto com tudo o que tenho.
tenho esta vida. Podia ter outra qualquer. Ficaria igualmente feliz se o meu meu investimento não fosse em vão.
nunca lutei por nada em especial, porque quero tudo.
aprendi a ver o que se me apresenta, e daí retirar o máximo.
não desperdiço pitada.
não choro (muito) pelo que perdi.
daqui a outras primaveras, continuarei a fazer autobalanços.

Monday, February 27, 2012

eu acredito que pode existir um mundo melhor...

se vivessemos de acordo com os príncipios cristãos ( ou de algumas outras religiões), acredito que podia existir um mundo melhor e, quiçá, perfeito. Isto tão somente implicava que fossemos mais exigentes connosco próprios e menos críticos com os outros, que soubéssemos perdoar com mais facilidade que apurar culpas, que nos preocupássemos mais com os outros que com as nossas próprias necessidades, que fossemos os primeiros a empreender esforços em vez de ficarmos à espera que alguém faça algo, que fizéssemos exames de consciência constantemente para sabermos que o que fazemos é bom mas podemos sempre fazer mais, que fossemos mais tolerantes com os erros e aprendessemos a nos arrepender para que não os repetíssemos, que o amor fraterno ( i.e. o amor de irmão para irmão) prevalecesse em relação a outros sentimentos quaisquer, que fossemos os primeiros a pedir desculpa porque nos enganámos a ajuizar, que a palavra não fosse utilizada em vão e fosse o espelho da nossa alma...
entre outras tantas coisas...
parece-me que se vivermos numa proximidade íntima com a natureza ( ou o que resta dela) estes sentimentos e ações são mais oportunos e enquadrados. Encontramo-nos.
são duas velocidades distintas e diametralmente opostas... há que ter conhecimento disso e fazer opções!
de resto, é preciso saber ouvir, ver e sentir o que não se vê e que está tão à vista... acredito que os animais têm estas capacidades, e por isso quem consegue comunicar com os animais presumivelmente também as terá, ou, pelo menos, terá a capacidade de as aprender e/ou desenvolver.