Friday, March 9, 2012

primaveras

não posso evitar admitir que há diferenças significativas no dia em que entro na minha 45ª primavera, o que, se por um lado me deixa contente, fruto de toda uma evolução, por outro me deixa um pouco apreensiva, o futuro é sempre uma incógnita.
sempre achei que a idade é um estatuto espelhados pela experiência, sabedoria, sensatez, entre outras virtudes do género. Continuo a achar o mesmo.
já percebi que o «erro» faz naturalmente parte da nossa vida como instrumento de aprendizagem.
dizia-me um professor da faculdade ( um autêntico «old man from the sea») que na sua vida tinha um saco enorme de erros e asneiras da vida, mas tinha também um saco pequenino de coisas muito boas, e era esse o mais importante para si. Concordei de imediato e mantenho.
acho que posso dizer que me sinto bem, se tiver que fazer um autobalanço.
vou fazendo pequenas conquistas, que me dão um grande sentimento de concretização.
há sempre um sem fim de ambições por conquistar.
quando tiver muitas certezas, fico inquieta.
quando sentir tudo calmo, aproveito para inspirar e ganhar balanço.
quando tenho terreno para avançar, invisto com tudo o que tenho.
tenho esta vida. Podia ter outra qualquer. Ficaria igualmente feliz se o meu meu investimento não fosse em vão.
nunca lutei por nada em especial, porque quero tudo.
aprendi a ver o que se me apresenta, e daí retirar o máximo.
não desperdiço pitada.
não choro (muito) pelo que perdi.
daqui a outras primaveras, continuarei a fazer autobalanços.

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