Monday, July 9, 2007

ao ritmo do vento e do sol


finalmente, chegou uma das fases que mais aprecio e anseio na minha vida: férias da escola!!! Entrei no ritmo do vento e do sol, entre outros elementos da natureza... fascínio total!
Nota: também adoro dar aulas... só o ritmo é que me faz mal...
Estou numa caminhada para o reencontro do Homem Biológico. O problema é a incompatibilidade que se gera com o ritmo de vida actual, que é exactamente o oposto... Passo a explicar: sinto como se tivesse no meio de uma recta infinita, estou no meio e tenho duas direcções opostas para seguir: uma conduz-me à embriaguez dos sentimentos, ao corropio da rotina, às modas do pensamento e das aparências, ao querer desenfreado e sem sentido, à solidariedade por interesse e egoísta, a uma existência mesquinha, desprovida de essência, moldada pelas grandes potencias económicas... outra conduz-me aos sentimentos apurados, ao ritmo do sol e da lua, ao pensamento e aparência viva nas ocasiões presentes, a um não querer sem no entanto não desperdiçar pitada de forma de vida, a uma solidariedade justa na medida da sobrevivência e natural coexistencia, a uma existência plena, movida pela essencia interior de cada individuo, moldada pelo seu sentido único e pessoal, que nos torna seres excepcionalmente providos de autenticidade e harmonia na forma de viver...
o grande desafio é manter-me no meio desta recta, sabendo de antemão que é minha condição neste momento do universo viver na primeira direcção da recta, tendo por referência, obrigatoriamente, a direcção da segunda...
brincando com as palavras: estou em fase terrena, mas nao me posso esquecer que a minha essencia é divina...

Thursday, April 26, 2007

despropósito actual

Fico estupidamente perplexa com situações cada vez mais banais que enfrento com os jovens estudantes... sinto-me uma professora daquelas muito chatas.. mas, de facto, não consigo ficar indiferente e passiva perante certas coisas, vai daí, lá tou eu a chatear os miudos...
tivemos cinco dias de jogos entre as escolas do concelho organizados pela câmara municipal. Seria ótimo... promove as modalidades desportivas, o encontro entre escolas, tudo muito positivo.
Mas os detalhes... essses... enfim. No meu entender, este tipo de jogos serviriam para promover o espírito desportivo, o desporto para todos, por em prática a formação cívica, por aí... surpreendentemente (para mim...) não será bem assim, afinal está mais presente o ganhar a todo custo, um género de vale tudo, muito próximo do espírito de sobrevivência e concorrência próprios da civilização actual: alto rendimento a todos os níveis (até do abominável..).
Fico a pensar no despropósito das minhas observações feitas aos alunos ( a todos, pois... afinal sou professora, nao me preocupo somente com os meus alunos, mas com os jovens em geral). Despropósito porque nao consigo deixar de reclamar príncipios e valores que me foram legados pelos pais e professores que se cruzaram (felizmente) no meu percurso de vida. Despropósito porque, ao que me pareceu, não são estes os príncipios e valores promovidos actualmente. De facto, para vencer na vida hoje em dia, estes príncipios são inadequados. Qual jogo limpo, assim nao ganhamos... qual desporto para todos, levamos os melhores (os que já jogam nas equipas do desporto escolar e dos clubes... o mérito não é nosso, mas não interressa, ganhamos..), qual espirito desportivo, o espirito competitivo é que dá para ganhar... etc, etc.
Quanto ao espirito promovido nos clubes, eu não comento... afinal esses têm compromissos com os patrocinadores... Quanto ao espirito promovido na escola... bem, era suposto formarmos os adultos de amanhã, cidadãos... No entantanto, nomadamente o desporto escolar funciona como uma espécie de alternativa para os menos bem sucedidos nos clubes (professores e alunos, pois..). Quando a escola devia ser previligiada na promoção dos tais valores e príncipios morais, são muitas vezes os próprios encarrgados de ducação a ficar muito indignados quando questões de ordem moral se elevam diante de questões de rndimento escolar.
Quando entreguei as medalhas aos 1ºs classificados na modalidade de futebol, dei-lhes os sinceros parabéns e acrescentei: voces são excelentes jogadores, mas gostaria que fossem também excelentes pessoas... sorriram... mas não sei se perceberam a mensagem. Um deles respondeu: ó stôra, o futebol é um jogo para Homens... eu percebi o que ele me disse e fiquei sinceramente preocupada sobre o tipo de sociedade que estamos a criar... mas isto sou eu que estou numa fase de despropósito actual relativamente aos valores e príncipios morais.

Tuesday, April 24, 2007

o previlégio é meu...

há precisamente 10 anos, a minha vida entrava numa nova e fascinante fase. O Pedro estava nos meus braços, muito pequenino, tao indefeso, tao meu filho... aquele momento do primeiro encontro visual será sempre recordado como se fosse presente. A maternidade é mesmo uma nova porta que se abre na nossa vida, porque de repente nascem e pronto. Tudo muda nesse preciso instante.
Passou-se uma década, tao plena, tão repleta de inúmeras e intermináveis histórias e recordações dessa caminhada entre a mãe e o filho.
De repente o meu tempo passou a ter o ritmo de crescimento do Pedro. Os primeiros meses são rapidissimos, porque o crescimento é vertiginoso. Agora sinto que os ritmos de tempo de cada um estão mais próximos.
Pela décima vez, reunimos o grupinho (cada vez mais selectivo) de amiguinhos e coleguinhas do Pedro, curiosamente sempre muito equilibrado em género feminino e masculino (da sua própria responsabilidade) para uma tarde de brincadeiras e um pleno desfrutar da energia própria das crianças desta idade. «ó mãe, eu ja sou pré-adoslescente, nao é?»... os meus olhos brilham e o sorriso orgulhoso invade-me o ego nestas alturas...
Observo-os a todos, ao pormenor. As expressões, as brincadeiras, a forma como se deslocam e as destrezas, as interacções... que riqueza! que exuberância tão comodida e subtilmente expressa no conjunto individual de cada um...
Guardo dez anos de momentos únicos, conquistas passo a passo, sustos, inquietações, alegrias, prazeres, lágrimas, sorrisos, expressões, fúrias, mimos, etc, etc, etc, do Pedro. Aquele ser que foi gerado dentro de mim, tão ele próprio, com tantas coisas minhas, do pai e demais familiares, meu filho, pois... o previlégio é meu. Fico grata á Força da Criação por mo ter concedido...

Saturday, April 7, 2007

palavras vãs...




sempre estive muito presente na natureza, sempre tive animais... mas a experiencia que tenho passado com estes cavalos são inexplicáveis!


conhecê-los ajudou-me a conhecer-me...


nunca comuniquei tanto pelo olhar, pelo sentir, pelo simples observar...


não é necessário que os animais falem a mesma linguagem que nós... as palavras tornam-se vãs na comunicação com os animais. Afinal, somos nos, humanos, que aprendemos a linguagem dos animais... pelo olhar, pela forma como nos movimentamos ou pela atitude que apresentamos...e claro, pelo sentimento que nos inunda a alma... esse nao se vê... mas sente-se plenamente...


descobri a etologia... que, sem saber, ja fazia parte das minhas vivências em criança... trata-se de reviver o mais puro que ha em nós, humanos... para chegarmos à linguagem dos animais, simples, pura, transparente!

Sunday, April 1, 2007

Arte. Paixão. Engenho.


sinto-me previligiada por poder sentir a linguagem dos animais como minha linguagem também... admiro esses seres simples, nobres, puros nos seus sentimentos, generosos... admiráveis bestas!

O meu Mestre de equitação, D. José de Atayde, que me lançou nos primeiros passos da arte equestre disse-me uma vez: « se Deus montasse o cavalo nao precisava de ser ensinado, pois as ajudas seriam tão perfeitas que o cavalo entenderia na perfeição o que lhe era pedido», e esta foi a grande chave que me revelou nesta arte, que requer acima de tudo, uma sensibilidade extrema no sentido de perceber o que o cavalo nos dá e nos pede, para, desta forma, lhe pedirmos de uma forma justa e equilibrada os movimentos na sua naturalidade e amplitude muito próximas da perfeição.. é claro que só entende isto que escrevo quem sente a equitação como uma arte. Dizia-me um amigo meu, cavaleiro, que o saudoso Mestre Nuno Oliveira, nao fazia hipismo (modalidade desportiva) mas sim arte equestre, porque esta nao podia ser planeada, tinha que ser sentida no momento. Pura verdade... para alguns, naturalmente.

Estou no príncipio de uma caminhada, e nao sei para onde vou... mas sei ao que vou. Caminho ao encontro da mais profunda forma de sentir a vida. Arte, Paixão, Engenho. Foram as palavras que me ocorreram depois de uma feliz aula com o meu Mestre, no dorso do venerável Conde, um cavalo de vinte e tais anos, com muito ensino, branco, generoso, que me deu as primeiras sensações de cavaleira.

Arte. Paixão. Engenho. É como definiria eu, aprendiz de equitação, esta arte... Arte pela sensibilidade que nos desenvolve. Paixão pelo sentimento que se cria por tanta nobreza de animal. Engenho pela besta de potencia e harmonia que é o cavalo.



Saturday, March 31, 2007

tempo, coisas simples e força de viver


pergunto eu porque ha descriminações no exercício das mais diversas profissões... afinal nao serão todas necessárias, tendo por isso mesmo sido criadas. Sinto que este problema se deve a uma questão cultural que remonta ao vazio dos interiores das almas.. senão, veja-se, porque um varredor de ruas será menos pessoa que um professor ou um médico? São ambos necessários, cada um com a sua função na comunidade, sendo que na comunidade todos deveriamos contribuir para um espaço comum mais agradável e socialmente funcional. Recordo quando, a propósito de respeito, uma colega minha de profissão comentava que os professores deviam voltar a usar uma bata, «porque isso marca logo a distância»... não lho disse (porque percebi que nao entenderia), mas pensei imediatamente que a bata só serve para impor respeito a quem não o têm interiormente. Ora aqui está uma noção completamente falsa (no meu entender) de valorização profissional, valemos pela aparência (e nao pela competência). Tal como noutras áreas da existência humana, o respeito conquista-se pela soma de méritos, e nao por uma bata ou qualquer outro acessório.. e muito menos se aparente...

Em pleno século XXI, ainda nos confrontamos com este tipo de problemas (básicos), a questão da valorização e dignidade pessoal... Nas culturas do nosso velho continente europeu isto ainda está mais profundamente enraízado ( o que para mim é suficiente para pôr em causa o sentido da evolução e progresso da civilização europeia que tantas culturas aniquilou em nome do dito progresso e civilização... está certo.. também se fizeram grandes progressos nomeadamente ao nível das tecnologias.. concordo! Mas questiono: em que sentido?!?)

Optei conscientemente por um modo de vida associado ao total desprendimento material, ao enriquecimento da alma pelo nada possuir, pelo nada saber, pelo nada querer... no entanto, não desperdiço nada do que me venha parar em mãos, tudo quero aprender, nem, tão pouco, desperdiço nenhuma oportunidade na vida... a diferença consiste no apreender o que se me depara, ao invés de procurar cegamente o que não sei... Também acredito que parece estranho e possivelmente contraditório, mas não o é, de facto!

Desta forma, dispenso aparências e conquistas menos enriquecedoras da alma... e quando dou aulas aos meus alunos procuro, na prática constante, proporcionar-lhes esta atitude, que sei, entenderem melhor e mais fácilmente que muitos adultos viciados no progresso e na civilização.

A minha maior riqueza é a sabedoria na humildade. O meu maior bem é o tempo para apreender as coisas simples da vida. A minha maior conquista é a força de viver.

Monday, March 19, 2007



sinto-me plena com o cheiro da maresia, com a fluidez das águas do mar, com o frio da areia molhada, com a intensidade de vida oceância, com a simplicidade de passar por aqui numa qualquer manha de sol e maré vazia, onde os elementos se enamoram numa vista harmoniosa do lado de terra...

plena de vida

ha quanto tempo... quer dizer que tenho andado ocupada... e sem inspiração para brincar com as palavras...
Sim, aqui brinco com as palavras, com a memoria, com os sentimentos... ajuda-me também a conhecer e perceber-me melhor, depois de as ler. Quando conversamos nao temos o mesmo impacto das nossas palavras que temos quando as lemos. Por isso escrevo por brincadeira e como exercício de auto conhecimento.
Estamos vivos... e por isso nunca chegamos a conhecer-nos completamente. Vamos adivinhando algumas reacçõs mais previsiveis, pela frequencia de ocorrência, mas em situações novas, acabamos por nos surpreender. Por isso também eu procuro quase de forma constante o inconstante... o inabitual... o desconhecido... o que me confere uma forma de estar na vida um tanto aventureira, sempre pronta a explorar... com o tempo também aprendo a ser mais exigente e criteriosa nas minhas investidas... porque ha matérias perfeitamente dispensáveis... assim, trato de criar um ambiente elaborado que me permita investir em projectos e ideias que realmente me fazem sentir plena... plena de vida!

Saturday, February 3, 2007

miudos...

Mais um treino, sabado de manha... desde ja os meus parabens aos miudos que tiveram a coragem de sair de casa para um treino de preparação física...
De qualquer forma nao consigo deixar de reparar na falta de destreza destes miudos actuais. Falta de destreza física e moral. Várias vezes tivemos que abrandar o ritmo para reunir o grupo... e eu e o meu colega ficamos espantados ao perceber que apesar dos aninhos e mazelas (por excesso de actividade..) que nos pesam nas articulações ainda temos que esperar pelos miudos mais novissimos, supostamente, mais cheios de energia (própria destas idades..) e teoricamente mais ágeis... teoricamente, pois.
Noto um cansaço moral nos miudos que nos acompanham. Excesso de tempo na escola em aulas sentados, a ouvir porfessores «despejar» matérias aparentemente desconexas, para cumprir os programas, excesso de tempo ligados a um computador, play station, tv ou telemovel, ensurdecidos pelo continuo som dos mp3, afogados em informação bombardeada em alta frequencia pelos referidos (entre outros) meios tecnológicos actuais... mas, ficamos à espera que sejam os miudos a escolher a forma de passar (viver..) o tempo??? Naturalmente, todos os sistemas vivos tendem a ser o máximo eficazes, isto é, consumo minimo para alta rendimento...
Ora, o exercício físico também pressupoe este principio, e chegamos ao conceito de técnica, neste caso, do movimento: gestos tecnicos: movimentos que garantem na sua forma e realização o máximo rendimento.
Este conceito está perfeitamente adaptado aos tempos actuais: alto rendimento (para tudo.. ou quase).
Mas até chegarmos à tecnica perfeita ha muito trabalho a fazer, e essa é a pior parte, «dá muito trabalho» (citado pelos próprios alunos com uma frequencia incrivel..). Estamos tao habituados a ver níveis de desempenho tao elevados, que esquecemos o trabalho que dá para lá chegar... aprendizagem...
Descobri que o exercício físico ajuda a recuparar de estados de fadiga acumulados (entre outros beneficios).
É preciso que os pais também o descubram.
É preciso que descubram que o exercício é fundamental, por uma questão de essencia e nao de modas.
O ser humano é um ser essencialmente motriz.

Monday, January 29, 2007

a procurar...


sao pequenos grandes momentos que me fazem continuar nesta corrida lenta, entre tropeções e quedas mais ou menos aparatosas, confrontos diários e permanentes entre o que sou e o que vivo, faço um esforço herculiano para me fazer entender, procuro aprender essa linguagem simples do olhar animal, vivo o frio e a chuva como exercício fisiológico na ascensão a um estado superior de corpo e alma... tudo tao fugaz, tudo tao fragil, tudo tão ilusório... como cada momento em que expiramos num desabafo da alma cansada de tanto procurar...
fugi para aqui e para o mar, continuo a fugir para ali e para a montanha, numa procura constante do meu eu, que remonta aos antepassados, à história dos humanos...
procuro, procuro... encontro fragmentos de mim... tento uni-los numa peça única, e sempre falta alguma...
A coerencia, minha ambição, tao dificil de encontrar... e continuo a procurar
porque fugir, nao assumo!
É aqui também que me encontro, ao recordar o dia que vivi, e outros mais distantes, nao menos vincados em mim...
Encontro-me nesse olhar profundo e pleno, que me ilude com aparencia de besta animal, numa gentileza e generosidade sem igual... és tu quem me ensinas estes segredos, e outros que estou por descobrir... es tu, que outrora homem foste, me ajudas a conhecer-me pela tua natureza bestial...
Venero-te, ser sublime, diria, quase perfeito... nao fora a nossa condição a de sujeição à nossa propria natureza...
Fico-te grata pelo tao nobre sentimento que em mim geras, ao sentir-me ser mitologico, qual centauro de fábula infantil... um centauro com poderes interminaveis de fazer o bem...
Olho para ti, e os nossos olhos fundem-se na mesma lágrima de saudade... e triste, sorrio com uma felicidade interminavel...

Thursday, January 25, 2007

força de viver

Olhava para o mar mesmo ali à minha frente, as gaivotas chapinhavam e brincavam nas poças, o riacho corria vigoros entre as pedras e a areia até ao mar, o sol brilhava intnsamente conferindo tons precisos e vivos a toda a paisagem... mesmo à minha frente uma criança brincava na areia, correndo, saltando, com uma impressionante força de vida... Observava-o. Ha uns anos largos era eu que brincava ali e era o meu pai que me observava. Possivelmente os sorriso que me invadia era igual ao seu nessa altura.
Senti-me invadida por sentimentos de nostalgia e agradáveis recordações do meu tempo de criança.
Afinal, a imortalidade nao é mais uma invenção dos humanos, ela existe na sua forma real.
O meu pai ja não esta aqui a observar-me, nem aos tons vivos da água, das rochas e demais coisas desta paisagem... agora sou eu que observo o meu filho, que como eu, expõe de forma exuberante uma tal força de viver, observo os tons vivos das coisas da paisagem, sorrio como o meu pai sorria... num sentimento infinito de bem estar, harmonia e força de viver...

Monday, January 8, 2007

instinto... a selecção natural


sempre tive tendencia pa andar nos limites, as coisas simples e fáceis nunca me atrairam...
porque correr em estrada ou caminho palmilhado por outros tantos? porque não ir pa onde ninguem vai??? porque nao abrir eu os caminhos??? porque não correr o aparentemente possivel???
é verdade... correr nestes calhaus rolados, ou noutros mais acidentados, saltando de rocha em rocha, trepar e descer a 4 apoios, sprintar na areia mole, nadar até à outra praia, secar ao sol...naturalmente, mais exigente, mais arriscado... os resultados serão obrigatótiamente mais consolidados... e as falhas também têm um preço mais caro... por isso arriscar com consciencia...
curiosamente, alguns miudos alinham... e esta é a selecção natural...

cada vez confirmo mais a sensação que é fundamental procurar o nosso estado ancestral longinquo... quando nao havia sedentarização, quando tinhamos que caçar para nos alimentarmos, quando tinhamos que ser ágeis para sobreviver... contra a fasstfood, a playstation e por aí...
nao por questão de sobrevivencia, mas por uma questão de saúde, procuramos situações que nos proporcionam exercitar essas destrezas, sensações mais ou menos próximas do risco, mais ou menos conducentes à auto-superação, mais ou menos sociais, mais ou menos «naturais»...

bem, ficamos por umas subidinhas, com pedras e areia solta, que ja deu uma sensação de «risco» para alguns mais sedentários...
e o cansaço era evidente apos 3 horinhas de um calminho passeio à beira mar...

registos...


finalmente, os registos visuais do passeio à beira mar...
senti por vezes que estava noutro planeta, um lugar onde a civilização e o progresso ainda nao tinham chegado (sentimento drasticamente interrompido qunado somos surpreendidos por desperdicios desse mesmo progresso e civilização..)

Saturday, January 6, 2007

desporto escolar ao sabado de manha

Hoje tive a sensação de que é urgente fazer algo pelos nossos jovens...
depois de um passeio a pé, entre a água salgada e as arribas, por areia molhada, poças, rochas escorregadias, calhau rolado, trepa rochedo, salta do rochedo, sobe arriba... ufa... e isto tudo em apenas tres agradáveis horas.
observo os miudos, a destreza imatura e a falta de ousadia, nao em todos, mas na maioria dos que me acompanham... mas, para meu consolo, o sorriso está em todos os rostos.
Paramos por momentos para observar, analisamos as arribas, percebemos porque as ondas rebentam e formam paredes alucinantes...que pena... podiamos estar todos ali a surfar se nao fosse o ombro da «stora»...azar (da «stora», claro), nao ficamos indiferentes ao lixo, e percebemos que é importante deixar os mexilhoes crescer antes de os apanharmos, que as algas são importantes, perturbar ou alterar o minimo possivel a paisagem... entre outras secas que os professores se vão lembrando pelo caminho.
Observo os miudos.
Olhar passivo, contentes, sim... mas passivos.
pouco curiosos, passam sem ver, conhecem sem saber.
destreza muito rudimentar e imprecisa... por excesso de peso, por pouca solicitação.
Sorrio também... afinal, acompanham-me... num sabado de manha...

Tuesday, January 2, 2007

quando atingimos um dos cumes das montanhas...


por vezes senti que isto era um sonho muito ambicioso, algo inatingivel, irreal... passados 4 anos o sorriso disfarçado invade-me a alma quando «um dos cumes das montanhas» foi atingido...

Monday, January 1, 2007

uau..

uau...
finalmente criei o meu próprio blogg... bom começo!!!

a todos os que visitarem este blogg, um bom ano.
Aqui vão encontrar uma abordagem muito diversificada de temas relacionados com actividades de ar livre, mas nao só as «tradicionais» actividades de ar livre, ditas radicais.. aquelas desportivas... mas outras também muito importantes e, na minha perspectiva, a razão de ser das ditas desportivas... pois... vamos la ver se consigo explicar: o homem vive num ambiente. O homem transforma o ambiente. O homem sente necessidade de regressar ao ambiente original...
A actividade desportiva é uma (das muitas) formas de o fazer... mas a questão que esta na base é o proprio ambiente e a propria natureza do homem..
Assim, podem encontrar neste blogg considerações diversas sobre actividades desportivas de ar livre(surf, equitação, marcha, jogging, btt, natação de salvamento, etc), ambiente (ecologia, biologia, geologia, etc), ciencias humanas (psicologia, sociologia, historia, etc)...enjoy!!!